O fogo do sol de inverno reflete nas águas e o vento sopra leve
e fresco o seu hálito matutino nas folhas, no povo em pé, nos irmãos de asas, e
no cachimbo - a fumaça.
O silencio faz parte dessa paisagem que ressoa canções dentro
de mim
Vibrar em sons viscerais que a lembrança não deixa o tempo
apagar, jamais.
O portal do amor receptivo faz festa na manifestação inconteste
da presença do Grande Espírito.
Em gratidão, ora voo como borboleta e adentro a mata em
alegria, ora sou passarinho que caminha sobre a vegetação flutuante da água,
concentrado.
Reafirmo a minha essência em espelho d´agua, minha voz em
ondas que se misturam e fazem caminhos na teia sagrada.
Sou pétala flor de laranjeira... Sou casa de João de barro,
Sou espinho que desperta o sono no meio da mata
Sou simples buscadora de mim mesma a cantar muitos caminhos
à circular pelos clãs dos elementos
Sobrevivente de cada estação, de cada direção, de cada lua
nascente.
O verde das campinas e as flores coloridas é a minha casa.
Caminhante e aprendiz, reverencio a existência de tudo em
tudo
A cada suspiro vem junto a paz, a harmonia e a solidão
Dos que se arriscam a tentar principalmente quando voar, é a
única opção.
Aho!!
Brisa Alegre
21-06-2013
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